10 passos para um coelho saudável

13/07/2014 09:17
Passar tempo com o seu coelho é uma experiência ótima para os dois, que também permite que o comportamento do pequeno se torne familiar para si, facilmente identificando mudanças sutis. Apesar de a maioria dos donos de coelhos não terem conhecimentos médicos, é importante que saibam o máximo possível, pois:

 

  • É impossível um veterinário saber tudo sobre todas as espécies, e cada animal é único individualmente. Tem de saber o que é normal no seu coelho;
 
  • Numa situação de emergência pode ter de ser atendido por um veterinário com experiência limitada em coelhos. Quanto mais souber sobre o historial médico e a saúde em geral do seu coelho, melhor preparado está para ajudar o veterinário;
 
  • Algumas condições clínicas requerem sempre uma ida ao veterinário. Exemplos destas situações são suspeita de infecções bacterianas (olhos ou nariz com corrimento), ossos partidos, temperaturas corporais extremas, sangramentos... Contudo, outras condições não exigem ida imediata ao veterinário, podendo em alguns casos ser controlada. Exemplo disto são diarreias pequenas (um dia de duração). Ainda assim, se não notar melhorias no seu coelho deve levá-lo a uma consulta.

 

 

Vamos então fazer uma lista de 10 passos para manter o seu coelho saudável:

 

  1. Saber algumas coisas essenciais: a amoxicilina (antibiótico de largo espectro frequentemente utilizado) pode ser mortal para os coelhos; os coelhos não devem ser alimentados a partir de duas horas antes de cirurgias; coelhos que sofrem de imobilidade gastro-intestinal não devem ser tratados cirurgicamente a menos que os raios-X indiquem obstrução completa (a taxa de sucesso destas cirurgias é muito baixa).
  2. Aprenda tudo sobre patologias e os seus possíveis tratamentos (incluindo aqueles que não devem ser utilizados.
  3. Observe o seu coelho de perto e aprenda o que é normal para ele: quantidade de ração que ingere, assim como água e feno, preferências de alimentos, forma e quantidade de fezes e urina que expelem por dia.
  4. Compre um termômetro retal e aprenda a usá-lo, pois é a única maneira de avaliar corretamente a temperatura corporal do seu coelho. A temperatura normal situa-se entre os 38ºC e os 39,6ºC, bastam temperaturas de mais ou menos meio grau para ser indicador de um possível problema.
  5. Saiba qual a cor normal das gengivas. Rosa é normal, vermelho normalmente indica a fase primária de estado de choque e esbranquiçado indica estado avançado de choque, normalmente acompanhado de uma temperatura corporal muito baixa.
  6. Tenha o contato de um bom veterinário, um bom veterinário secundário (para casos de indisponibilidade do primeiro) e um veterinário de emergência (que pode ser na mesma o primário, caso atenda emergências). Deve assegurar-se de que ele percebe o lugar do seu coelho como um membro da família (apesar de isto parecer óbvio alguns consideram coelhos apenas como “gado”), e diga-lhe sempre que quer perceber tudo o que vai ser feito antes de ele fazer. Veja também se tem opções de pagamento facilitado, pois em grandes despesas alguns facilitam esse tipo de pagamento para não ser tão pesado para a carteira.
  7. Em caso de dúvida, consulte o seu veterinário. Se o seu coelho não parece ele próprio, o melhor é ser examinado, pois os coelhos normalmente são muito bons a esconder que algo está errado consigo. Quanto mais cedo consultar o veterinário, melhores serão as hipóteses de o problema ser tratável.
  8. Saiba quais os procedimentos e medicações a serem efetuadas antes de o serem. Não tenha medo de perguntar, pois se o veterinário estiver confortável com o que está a fazer não terá qualquer problema em explicar-lhe. Pergunte-lhe o que o seu coelho tem e como chegou a esse diagnóstico, que medicações e procedimentos está a pensar realizar, quais os riscos associados, quais os tratamentos alternativos e se ele os recomenda, qual a taxa de sucesso do tratamento e quais os riscos associados a um adiamento do tratamento (pode querer obter uma segunda opinião ou avaliar os riscos com calma).
  9. Sempre que possível, permaneça com o seu coelho durante o tratamento, pois pode ajudar a acalmá-lo.
  10. Dê ouvidos ao seu instinto. Em situação de escolha de veterinário, na decisão do procedimento a tomar... Ouça sempre a “vozinha no seu cérebro”.
 

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