O rami é uma planta têxtil, introduzida no Brasil em 1939, no sul do estado de São Paulo, mas que foi descoberta como uma extraordinária forrageira, principalmente por sua riqueza em proteínas. Pertence à família das urtigas mas não "queima" como estas, porque não tem os pêlos urticantes.
Existe um grande número de variedades de rami mas a mais indicada para a alimentação de animais é a "murakami", por ser precoce, de alta produtividade e de folhas grandes e carnudas. Seu teor de proteínas é de 24% nas folhas e de 13% nos caules, o que significa um teor de 20%, superior à proteína existente na alfafa. Além disso, o teor de vitamina A no farelo de folhas de rami é muito elevado, sendo o dobro do existente no farelo de alfafa, como pode ser verificado pelo quadro que se segue:
Pela análise, verifica-se que, por há, o rami produz três vezes mais proteínas do que a alfafa, quatro vezes mais do que a soja, oito vezes mais do que o amendoim e onze vezes mais do que a semente de algodão. Quanto ao rendimento, também o quadro em questão é bem elucidativo, acrescentando-se que um há de rami produz, em média, mais de 20 toneladas por ano e durante mais de seis anos.